ANONIMATO
Produção: Cia. Mungunzá de Teatro
Direção: Rogério Tarifa
Ano: 2022
SINOPSE
Imagine que você recebeu, hoje, um motivo muito bom pra te levar a um local. Imagine que, como você, cada um dos quase 8 bilhões de habitantes do planeta, também receberam, igualmente, um motivo para se deslocarem para esse mesmo local. O que tiraria aproximadamente 8 bilhões de seres humanos de sua casa no mesmo horário? O que levaria os quase 8 bilhões de habitantes do planeta para o mesmo local? Seria um único motivo? Seriam 8 bilhões de motivos diferentes?
Neste momento, importam menos os motivos e mais o encontro. Hoje, tudo o que temos a oferecer é um local comum para esse encontro.
Uma Mulher que enterra suas raízes no solo e vira árvore. Uma Mulher que se desprende do chão e sobe aos céus. Um pipoqueiro. Uma vendedora de sonhos. Um homem que tenta se equilibrar em cima da Utopia. Alguém que trabalha. Alguém que é tudo isso junto. E alguém que se esconde
Num momento histórico onde tudo nos separa, queremos o ponto que nos une. " anonimATO" é sobre tentar encontrar um lugar comum.
Sobre matar e parir o teatro. Sobre matar e parir a sociedade. Sobre matar e parir cada um de nós.
Te aguardamos no ATO.
FICHA TÉCNICA
Direção:
Rogério Tarifa
Argumento: Pedro das Oliveiras
Dramaturgia: Verônica Gentilin
Textos (base para dramaturgia): Elenco, Rogério Tarifa e Verônica Gentilin
Elenco: Fabia Mirassos, Léo Akio, Lucas Bêda, Marcos Felipe, Paloma Dantas, Pedro das Oliveiras, Sandra Modesto, Virginia Iglesias
Direção Musical e Trilha sonora original: Carlos Zimbher
Direção vocal interpretativa e Composição musical do coro: Lucia Gayotto, Natália Nery
Corpo de trabalho (butô): Marilda Alface
Colaboração cênica: Luiz André Cherubini
Banda: Daniel Doc - guitarra, Flávio Rubens - clarinete, sax e rabeca, Nath Calan - bateria, João Sampaio - sub. guitarra, Luana Oliveira - sub. bateria
Pré produção musical: Daniel Doc
Figurinos: Juliana Bertolini
Assistente de figurino: Vi Silva
Construção figurino inflável: Juan Cusicanki
Cenografia: Fábio Lima, Lucas Bêda, Luiz André Cherubini, Zé Valdir
Adereços e bonecos: Zé Valdir
Poesia gráfica (placas, carrinhos e bandeiras): Átila Fragozo - Paulestinos
Treinamento de perna de pau: Fábio Siqueira
Contrarregras: Fábio Lima, Mariana Beda, Tony Francesco
Atirador de facas: Tony Francesco
Produção executiva: Cia. Mungunzá, Gustavo Sanna - Complementar Produções
Produção geral: Cia. Mungunzá de Teatro
* Espetáculo livre
* 90 minutos
TRECHOS DE CRÍTICAS
"anonimATO é um espetáculo marcado pela pesquisa e pela profunda ode e disposição ao risco. Um depoimento de fé no bom gosto popular e uma grande porta fechada aos valores que críticos de arte e espectadores e espectadoras treinadas e treinados quase sempre procuram arrastar para dentro das montagens que apreciam.(...) Talvez, quem sabe, um programa de ataque. Quase desesperado, indo com sede ao pote e sem tempo de arrumar o vestido ou a gravata na frente do espelho da crítica. Quase feito o touro diante do vermelho, arrastado pelo ânimo, nessa quase abstrata conflagração de caminhos que a rua nos sugere e nos obriga, o grupo dispara contra o tempo dezenas de flechas sem narciso e sem vaidade.(...) A riqueza do espetáculo está metaforizada na fábula que o organiza ao longo de toda a encenação: é tempo de cuidarmos do futuro de uma barriga ainda desconhecida. Todo parto nos interessa (dia a dia luzes se apagam num espaço esvaziado e é preciso trilhar o desafio da vida). E crer no futuro. E seguir em frente e bater palmas. O eco desse gesto nos responderá alguma (inusitada e otimista) direção"
Marcio Tito (Deus Ateu)
"anonimATO não aponta para respostas fáceis, mas insiste na necessidade de conseguir lançar o olhar adiante. Lembrar, imaginar, ressignificar: há muitos Brasis espalhados pelo Brasil. Em cem metros de caminhada, cabem infinitos territórios possíveis de sonho, suor e vida. Ao final, reconhecer em meio à multidão a própria identidade. Fazer-se inteiro em uma existência em Ato. Ver no teatro vislumbres de futuro. É preciso chocar o ovo da utopia"
Amilton De Azevedo (Ruína Acesa)
HISTÓRICO DO ESPETÁCULO