10 ANOS

Governo do Estado de São Paulo, Secretaria da Cultura e Instituto VEDACIT apresentaram:
10 ANOS
DE/DA
MUNGUNZÁ

REPERTÓRIO
COMPLETO
2018-2008

“Artistas, sobretudo em condições periféricas e em zonas de risco, têm lutado todo o tempo de suas existências para sobreviver. Fazendo ou não dúzias de concessões – tantas vezes como estratagemas táticos – ou lutando ferozmente contra tantos espantos, cárceres, coerções, patrulhas...

Artistas estão em toda parte. A gente do teatro não é diferente... Saindo da especulação (que, também, faz do ato de viver um processo de

resistência): é preciso sonhar, sim! Mas retornando ao particular, a artistada da Mungunzá, depois desses dez intensos e primeiros anos de criação e

parceria, sem especulação fugidia, mas a sonhar-em-concretude, talvez se possa apreender, posto que manifesta, o que poderá vir dessa gente-

periférico/canjica-oferenda para todos – em um só – Oxalá ”


Trecho retirado do livro

“Mungunzá: Obá! Produção Teatral em Zona de Fronteira”,

autoria de Alexandre Mate

BODAS
DE ZINCO
OU
ESTANHO

Zinco ou Estanho
são os metais
referentes à boda
de dez anos.
Estanho é
maleável e zinco
Histórico da companhia/grupo

Criada em 2008, a Cia Mungunzá desenvolve há dez anos uma pesquisa focada no teatro contemporâneo, onde a organização, produção e criação artística é executada por um núcleode artistas que, além das montagens teatrais, também propõem uma permanente reflexão sobre o universo social e cultural. Formada por sete artistas/educadores(as), a Mungunzá trabalha com diferentes diretores(as) convidados(as), o que transforma cada montagem num “encontro estético diferente”. Nos seus espetáculos o grupo prima pela polifonia e hibridismo das linguagens artísticas, trabalhando a encenação como dramaturgia e o ato performático como atuação. Fomentam o fazer artístico como prática política e social.
Trabalhos: Epidemia Prata (2018), Poema Suspenso Para uma Cidade em Queda (2015), Era uma Era (2015), Luis Antonio - Gabriela (2011) e Porque a Criança Cozinha na Polenta (2008).
O grupo de uma década já circulou por 19 dos 27 estados brasileiros e se apresentou em Coimbra (Portugal). Seus trabalhos já foram premiados no Estado de São Paulo com o Prêmio Shell, Prêmio Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), Prêmio Cooperativa Paulista de Teatro e Prêmio Governador do Estado de São Paulo. Em 2017 o Grupo criou o Teatro de Contêiner Mungunzá, espaço cultura-teatro-sede, vencedor do Prêmio APCA 2017 e indicado aos Prêmios Shell e Aplauso Brasil 2017.
EPIDEMIA PRATA

direção_ Georgette Fadel


O espetáculo “Epidemia Prata” traz uma costura entre duas linhas narrativas: a visão pessoal dos atores sobre os personagens reais que conheceram em sua atual residência no Teatro de Contêiner – Centro de São Paulo, e o mito da medusa, que transforma pessoas em estátuas. Trata-se de uma pequena gira teatral.
Dura. Sólida. Nessa gira, a poesia é como um rato,
deve se espremer pelos cantos para superar um céu de metal. Repleto de imagens e predominantemente performático e sinestésico, o universo PRATA, no espetáculo, assume uma infinidade de conotações que vão desconstruindo personagens estigmatizados pela sociedade e compartilhando a sensação de petrificação
diante de tudo.
protege da
ferrugem.

Talvez não por
acaso, estamos
celebrando
nossas bodas
num teatro de
lata. E, numa
retrospectiva que
vai do fim para
começo, nossas
bodas se abrem
com nosso último
espetáculo que
fala de metal.
Dez anos trazem
muita coisa:
trazem filhos,
mais cansaço,
ciático inflamado.
Dá tempo de
sonhar, de cair
do cavalo e de
sonhar de novo.
Argumento: Cia. Mungunzá de Teatro
Texto: Cia. Mungunzá de Teatro
Supervisão dramatúrgica: Verônica Gentilin
Direção: Georgette Fadel
Codireção: Cris Rocha
Assitente de direção: Victor Djalma Amaral
Preparação corporal: Juliana Moraes
Direção musical: Bruno Menegatti
Elenco: Gustavo Sarzi, Leonardo Akio, Lucas Beda, Marcos Felipe, Pedro Augusto,
Verônica Gentilin e Virginia Iglesias
Vídeos: Flavio Barollo
Arquitetura cênica: Leonardo Akio e Lucas Beda
Figurino: Sandra Modesto e Cris Rocha
Desenho de luz: Pedro Augusto
Projeto gráfico: Leonardo Akio
Foto: Matheus José Maria
Produção executiva: Marcos Felipe, Sandra Modesto e Virginia Iglesias
Produção geral: Cia. Mungunzá de Teatro
Coprodução: Cooperativa Paulista de Teatro
POEMA SUSPENSO PARA

UMA CIDADE EM QUEDA

direção_ Luiz Fernando Marques (Lubi)


Uma pessoa cai do topo de um prédio e não chega ao chão. Os anos passam e este corpo não consuma a queda. A partir daí, a vida das pessoas nos apartamentos fica presa numa espécie de buraco negro pessoal, onde cada um vive uma experiência que não finaliza, que gira em círculos, não se desenvolve e não
olha para seu entorno. Cada personagem fica preso em sua metáfora, ignorando o conjunto à sua volta.
Trata-se de uma fábula contemporânea sobre a sensação de suspensão e paralisia geral do mundo contemporâneo. Através do excesso de possibilidades, de informações e uma abertura de infinitos caminhos a percorrer em um segundo, o homem para diante de tudo e começa a traçar um caminho circular dentro de seu reduto que, muitas vezes, ilude a vida, mas, na verdade, é puro preenchimento de espaço.
que imagina
o céu, passa
pelos olhos de
coelhinho que
escolhe a melhor
dor pra se ver,
passa pela
infinita queda
do topo de um
prédio, passa
pelo incêndio
que pulveriza as
memórias de um
reino e passa
pela medusa que
te congela com
um olhar.

Talvez em tudo
estivéssemos
tentando falar
de como é viver
nesse mundo.

Talvez
Argumento: Cia. Mungunzá de Teatro
Dramaturgia: Coletiva
Finalização dramatúrgica: Verônica Gentilin
Direção: Luiz Fernando Marques
Diretor assitente: Paulo Arcuri
Elenco: Lucas Beda, Marcos Felipe, Verônica Gentilin e Virginia Iglesias
Técnicos performers: Leonardo Akio e Pedro Augusto
Trilha sonora composta: Gustavo Sarzi
Desenho de luz: Pedro Augusto
Arquitetura cênica: Cia. Mungunzá de Teatro, Luiz Fernando Marques e Paulo Arcuri
Direção de arte e Figurinos: Valentina Soares
Vídeos: Lucas Bêda
Projeto visual: Leonardo Akio
Registro fotográfico do processo: Mariana Bêda
Foto: Matheus José Maria
Produção executiva: Marcos Felipe, Sandra Modesto e Virginia Iglesias
Produção geral: Cia Mungunzá de Teatro
Coprodução: Cooperativa Paulista de Teatro
ERA UMA ERA


direção_ Verônica Gentilin


Em Era uma Era as personagens que contam a história do Grande Reino Ainda Sem Nome surgem de uma caixa abandonada. Barba Rala, rei deste Reino deseja a todo custo entrar para a história dando um nome ao seu Reino. A única forma que um Reino tem de ser reconhecido e entrar para a história, é completando 100 páginas no Grande Livro de Autos. Assim, o rei resolve registrar todo e qualquer passo nesse livro.
Até que um dia, após um incêndio, o livro é destruído e os habitantes tem que recomeçar sua vida do zero. No entanto, nessa segunda parte da história, os tempos são outros e a tecnologia domina a vida das pessoas.
A peça se repete, mas completamente contextualizada no caos da era digital. Novamente o Reino cresce e vai se preenchendo de memórias e registros e selfies até entrar em colapso de novo.
O que pode salvar a memória de um reino?
estivéssemos
burilando esse
céu pra caber
nos dias de hoje.

10 anos
burilando um
bloco de pedra.

Tirar lasca,
quebrar, moldar.
Não é fácil e
dói. Porque
somos esse
bloco e também
estamos nos
(des)construindo.
Hoje, revendo
essa trajetória,
a figura emerge
do bloco
como nossa
alma emerge
renovada ao
longo dessa
história.
Argumento: Cia. Mungunzá de Teatro
Direção e Dramaturgia: Verônica Gentilin
Elenco: Leonardo Akio, Lucas Beda, Marcos Felipe, Pedro Augusto,
Sandra Modesto e Virginia Iglesias
Narrador (voz gravada): Gabriel Manetti
Trilha sonora composta: Gustavo Sarzi
Desenho de luz: Pedro Augusto
Arquitetura cênica: Cia. Mungunzá de Teatro
Cenário virtual: Lucas Beda e Lucas Schlosinski
Direção de vídeos: Lucas Beda
Figurinos: Fausto Viana e Sandra Modesto
Direção de arte: Valentina Soares
Projeto gráfico: Leonardo Akio
Registro fotográfico do processo: Mariana Bêda
Foto: Yuri Tavares
Operação de luz: Ghabriel Tiburcio
Operação de som e projeção: Verônica Gentilin
Produção executiva: Marcos Felipe, Sandra Modesto e Virginia Iglesias
Produção geral: Cia Mungunzá de Teatro
Coprodução: Cooperativa Paulista de Teatro
LUIS ANTONIO-GABRIELA


direção_ Nelson Baskerville


O espetáculo Luis AntonioGabriela revela a trajetória, por meio de impressões recortadas, de uma travesti de meia idade que, posteriormente, se tornou uma figura conhecida no exterior sob o codinome Gabriela. Por meio de levantamentos biográficos que consistem em fotografias, diários, cartas, entrevistas com familiares e amigos e objetos pessoais, a Cia Mungunzá de Teatro leva ao palco a forte história que se passa sob o reflexo da violência familiar em decorrência da ditadura militar a partir de vários pontos de vista.
O irmão caçula abusado sexualmente pelo mesmo, a irmã mais velha que sai em busca do corpo do irmão pelo mundo, um pai que não o reconhecia como filho, amigos e colegas de trabalho que detinham um misto de estranhamento e admiração por sua figura, e pelo próprio olhar de Luis Antonio, garoto que aos oito anos descobre a homossexualidade e desde então entra em uma busca incessante pela própria identidade, pela
qual se descobre a vida.
Somos o bloco,
duro, sólido,
quadrado.

Somos a figura.
Desconstruída.
Arredondada.
Humana.

10 anos e uma
história que nos
tirou do conforto
do bloco e tem
nos levado para
a maturidade
da forma.

Com toda a
responsabilidade
e com todo o
amor que as
formas devem ter
quando habitam
o mundo.

Que estejamos
plenos,
Argumento: Nelson Baskerville
Texto: A apartir de relados de Doracy, Maria Cristina, Nelson Baskerville,
Serginho e Gabriela (cartas)
Intervenção dramatúrgica: Verônica Gentilin
Atriz convidada: Fábia Mirassos
Elenco: Day Porto, Gustavo Sarzi, Lucas Beda, Marcos Felipe, Sandra Modesto,
Verônica Gentilin e Virginia Iglesias
Técnico performer: Pedro Augusto
Direção: Nelson Baskerville
Diretora assistente: Ondina Castilho
Assitente de direção: Camila Murano
Direção musical, Composição, Arranjos e Músico em cena: Gustavo Sarzi
Preparador vocal: Renato Spinosa
Trilha sonora: Nelson Baskerville
Preparação de atores: Ondina Castilho
Desenho de luz: Marcos Felipe e Nelson Baskerville
Arquitetura cênica: Marcos Felipe e Nelson Baskerville
Figuridos: Camila Murano
Visagismo: Rapha Henry - Makeup Artist
Vídeos: Patrícia Alegre
Artista plástico: Thiago Hattnher
Foto: Lígia Jardim
Produção executiva: Marcos Felipe, Sandra Modesto e Virginia Iglesias
Produção geral: Cia Mungunzá de Teatro
Coprodução: Cooperativa Paulista de Teatro
PORQUE A CRIANÇA 

COZINHA NA POLENTA

direção_ Nelson Baskerville


A história gira em torno de uma menina romena cujos
pais são artistas circenses exilados de seu país. A mãe
se pendura no trapézio pelos cabelos todas as noites.
O pai é um palhaço que não acredita em Deus, pois “Os
homens acreditam menos em Deus do que as mulheres
e as crianças, por causa da concorrência”. Narrado
por uma adolescente que se defende da degradação
pela ótica infantil, este livro é ao mesmo tempo lírico e
cruel... Enquanto, em seu exílio, excursiona pela Europa
Central, a menina, ao lado da irmã mais velha, é
arremessada de encontro ao despedaçamento de todos
os seus ideais, bem como o preço por cada um deles.
acordados,
renascidos. E
prontos para
nos colocarmos
em movimento.
O amor é
feito dessas
coisas duras e
moles. Dorme
e acorda. Grita
quando recebe a
pancada pra sair
do bloco. Ampara
e entende depois
que nasce.

Com todo ônus e
bônus,
estamos juntos.
Texto: Aglaja Veteranyi
Tradução: Fabiana Macchi
Direção e Adaptação: Nelson Baskerville
Elenco: Lucas Beda, Marcos Felipe, Sandra Modesto, Verônica Gentilin e Virgínia Iglesias
Diretora assistente: Ondina Castilho
Direção musical: Ricardo Monteiro
Música composta e Músico em cena: Gustavo Sarzi
Preparação de atores: Flávia Lorenzi e Ondina Castilho
Iluminação: Wagner Freire
Adaptação e Operação de luz: Pedro Augusto
Operação de som e vídeo: Leonardo Akio
Figurinos: Aurea Calcavecchia
Recuperação de figurinos: Marichilene Artisevskis
Cenógrafo: Flávio Tolezani
Vídeos: Patrícia Alegre
Foto: Bob Sousa
Produção executiva: Marcos Felipe, Sandra Modesto e Virgínia Iglesias
Produção geral: Cia Mungunzá de Teatro
Coprodução: Cooperativa Paulista de Teatro
Os valores destinados ao projeto, via renúncia fiscal, encontram-se no nosso site: www.ciamungunza.com.br/transparencia
PRODUÇÃO
PARCERIA
PATROCÍNIO
REALIZAÇÃO
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