CIA. MUNGUNZÁ DE TEATRO

DESTAQUE

Por Cia. Mungunzá 20 abr., 2024
Dias 20 e 27/04 - às 10h30 - $Gratuito | Dia 28/04 - às 14h - $16 | Rio de Janeiro/RJ
Por Cia. Mungunzá 18 abr., 2024
No dia 18/04/24, Cena Ouro - Epide(r)mia foi pauta da Folha de S. Paulo .
Por Cia. Mungunzá 14 abr., 2024
Dia 14 de Abril de 2024 | Domingo às 10h | $Gratuito
Por Cia. Mungunzá 02 abr., 2024
Dias 06, 07, 08 e 09/04/24 | Sábado e Domingo às 18h | Segunda e Terça às 20h | Sessão com LIBRAS no dia 08/04, segunda | $Gratuito
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A  Cia. Mungunzá é uma das companhias mais inovadoras do cenário teatral brasileiro. Criada em 2008, o grupo desenvolve a dezesseis anos uma pesquisa cênica continuada, alinhando arte, cultura e vida, construindo uma narrativa e uma linguagem autoral, com montagens de peças com grande poder de comunicação com o público.


A Mungunzá firmou-se como grupo que trabalha com diretoras e diretores convidados, fator que ajuda a manter os processos cênicos vívidos. Na sua pesquisa busca a  polifonia e o hibridismo das linguagens artísticas, propondo a encenação como dramaturgia e o ato performático como atuação. Fomenta o fazer artístico como prática política e social. 


O grupo extrapola suas fronteiras ao criar em 2017, o Teatro de Contêiner Mungunzá, uma ocupação artística, sede do grupo, que atualmente é um dos espaços culturais mais pujantes da cidade de São Paulo, que está reverberando mundo afora com sua potente e poética gestão cultural de impacto em contextos de extrema vulnerabilidade social, somada a sua arquitetura sustentável, transformadora e comunitária.


_ Cena Ouro - Epide(r)mia    
(2023, espetáculo adulto - projeto artístico social pedagógico)


_ anonimATO    
(2022, ato-espetáculo musical de rua)


_ Poema em Queda-Live 
(2020, narrativa digital em 3 episódio)


_ Epidemia Prata 
(2008, etnografia cênica sobre a
Cracolândia)

_ Teatro de Contêiner Mungunzá
(2017, ocupação, espaço cultural e social)


_ Poema Suspenso para uma cidade em queda 
(2015, espetáculo adulto)


_ Era uma Era 
(2015, espetáculo infantojuvenil)


_ Luis Antonio - Gabriela 
(2011, documentário cênico)


_ Porque a criança cozinha na polenta? 
(2008, espetáculo adulto)

PESQUISA CONTINUADA

Léo Akio, Lucas Bêda, Marcos Felipe, Sandra Modesto, Verônica Gentilin e Virginia Iglesias são, ao mesmo tempo, o núcleo artístico, sócios e trabalhadores da Cia. Mungunzá de Teatro. Cada integrante, além de sua atividade artística, executa parte da estrutura de administração e produção da Mungunzá. Entender-se e organizar-se como um grupo a fim de desenvolver um trabalho de longo prazo foi fator essencial para a profissionalização dos artistas e do grupo.


Nas montagens teatrais sempre partimos de um argumento intuitivo. E é durante o processo de pesquisa e de treinamento, dentro da sala de ensaio, que a obra completa se traduz. Como nosso fazer artístico está diretamente relacionado à pensamentos políticos e sociais, todos os nossos argumentos intuitivos revelaram-se temáticas relevantes e conectadas com o seu tempo:


Em “Porque a criança cozinha na polenta”, nosso primeiro espetáculo profissional que teve sua estreia em 2008, alertamos sobre a situação dos refugiados, pessoas que, devido à grave e generalizada violação de direitos humanos em seu país, são obrigadas a sair de seu lugar de origem e pedir refúgio em outro local, onde via de regra, não são bem recebidos.


Em “Luis Antonio-Gabriela”, por meio de um documentário cênico, discutimos as relações familiares e a transsexualidade nos anos 80. “Luis Antonio-Gabriela” teve sua estreia em 2011 e foi aclamado pela crítica e pelo público. A peça foi pioneira em abordar o assunto e pôde circular por todo o território nacional. O espetáculo já fez mais de 400 apresentações e foi visto por mais de 60 mil pessoas. Indiretamente, o espetáculo sensibilizou o público para esse assunto-tabu e possibilitou que muitas pessoas se questionassem quanto aos próprios preconceitos. No ano de 2018, incentivados pelo Movimento Nacional de Artistas Trans (Monart), o próprio espetáculo e o diálogo que ele produz tiveram que se alargar, pois não era possível ignorar a importância da pauta de representatividade trans - atualmente a personagem Gabriela é interpretada pela atriz trans Fabia Mirassos.


Em 2015, apoiados pela primeira vez pela Lei de Fomento ao Teatro do Município de São Paulo, produzimos dois espetáculos irmãos: criados concomitantemente, ambos partindo da temática “a cidade e suas relações humanas”, mas abarcando faixas etárias distintas. No espetáculo adulto “Poema suspenso para uma cidade em queda” abordamos a universalidade das biografias e como pequenas histórias pessoais ressoam no corpo social e cultural de um povo e de um tempo. No espetáculo infantil “Era uma Era”, discorremos sobre a construção de uma pólis e os mecanismos de sobrevivência de um reino fabular na transição para a Era Digital.


Em “Epidemia Prata”, espetáculo que estreou em 2018 e que marcou os 10 anos de existência do grupo, temos um documento cênico auto-crítico que retrata nossa sensação de impotência diante da construção de vínculos com as pessoas em situação de rua e de vulnerabilização extrema, durante nossa residência no Teatro de Contêiner Mungunzá, inaugurado em 2017, situado na região estigmatizada devido à Cracolândia.


No segundo semestre de 2019, fomos contemplados pela segunda vez com Lei de Fomento ao Teatro de São Paulo e no início de 2020 todo o mundo foi atravessado pelo coronavírus. Nos dois anos pandêmicos subsequentes, paralelamente às frentes sociais assumidas pelo Teatro de Contêiner, também iniciamos uma movimentação digital. Logo no início do isolamento social, surge a pesquisa e criação de “Poema em Queda-Live”, uma narrativa digital com bases teatrais, que se utilizou e radicalizou a plataforma e a interface das videoconferências. E também inauguramos o selo #MungunzáDigital, extensão online do Teatro de Contêiner que encorajou e fomentou muitas programações teatrais, musicais, oficinas e o desenvolvimento de outras iniciativas remotas.


Para a montagem de espetáculo prevista no projeto do nosso segundo Fomento ao Teatro, aguardamos cenários possíveis para que a peça acontecesse presencialmente. E foi, apenas em junho de 2022, que estreamos o nosso primeiro espetáculo de rua, “anonimATO”, caminhada musical utópica, uma ode ao próprio teatro, uma celebração à vida, após os anos de medo causado pela covid-19.


Pela trajetória consolidada e pelo primor em nossas montagens teatrais, o grupo mantém altos índices de espectadores nas apresentações e constantemente é referência em pesquisas acadêmicas e estudantis. E, por esse motivo, também nos dedicamos à organização, materialização e disponibilização da nossa trajetória e pesquisa cênica. Também em 2022, conseguimos publicar um compilado de 8 livros contendo todas as dramaturgias escritas pelo grupo e também estruturar uma websérie documental com 7 episódios, abordando individualmente o processo de criação de cada uma das nossas montagens.


Em 2023, a Mungunzá é convidada para integrar a programação do primeiro "Festival Cultura e Pop Rua" da cidade de São Paulo e se propõe revisitar a peça "Epidemia Prata", trazendo para o espetáculo sete novos integrantes, todos, com histórias e experiências de terem habitado a Cracolândia. O novo trabalho, intitulado "Cena Ouro - Epide(r)mia", começa no encontro entre artistas "tradicionais" de uma companhia e artistas convidados especialmente para o projeto, pessoas que se fizeram artistas nas ruas do bairro da Luz, dois grupos com origens, linguagens artísticas e relações com a Cracolândia bastante diversas. Partiu-se da dramaturgia e concepção cênica de "Epidemia Prata", mas ela acabou por ser totalmente transformada pelo novo grupo, com torsões, inversões e novas experimentações. Apostou-se num progresso paralelo de aprendizado sobre convivência, inclusão e ganho de autonomia, em todos os sentidos e para todos os participantes. O que se vê em cena é um espetáculo no qual se discutem vozes e lugares de fala e em que se reconhecem conflitos, belezas, alegrias e superações sem romantiza-las.



Cia. Mungunzá

16 anos / 8 espetáculos / + de 870 apresentações / + de 110.000 espectadores

Construção de 1 Teatro / 10 filmes / 9 livros / 1 podcast

Teatro de Contêiner
Mungunzá
Rua dos Gusmões, 43
Santa Ifigênia
São Paulo / SP
Brasil
(11) 9 9188 9035 _ Marcos
(11) 9 7632 7852 _ Lucas
(11) 9 9531 4434 _ Léo

ciamungunza@gmail.com
teatrodeconteinermungunza@gmail.com
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