Poema em Queda-Live

WEB SÉRIE DOCUMENTAL

DRAMATURGIA

TEASER

POEMA EM QUEDA-LIVE
Narrativa digital em 3 episódeos

Produção: Cia. Mungunzá de Teatro
Direção: Luiz Fernando Marques
Plataforma digital: Flavio Barollo
Ano: 2020

*Esta obra foi concebida, durante a pandemia de Coronavírus, no ano de 2020, com os atores ensaiando e apresentando de suas casas*


*A temporada aconteceu pela plataforma do Zoom, com transmissão ao vivo pelo youtube*



SINOPSE


Um homem cai do topo de um prédio com 6 moradores. 


Durante a queda, ao passar pelas janelas, provoca um terremoto dentro de cada apartamento, paralisando a vida desses moradores, em seu universo traumático pessoal.

Cada janela, um universo. Com começo, meio e fim.

O que une as 6 janelas? Um corpo que cai, e desaparece em plena queda. 

Seis pontos de vista sobre esse acontecimento subjetivo. Seis formas subjetivas de encarar essa paralisia, pelo enquadramento de uma janela.

Seis formas de consumar a queda/pandemia. Seis personagens presos em seus universos fantásticos. Sete atores presos em seus apartamentos e suas vidas particulares. Seis visões recortadas de um acontecimento universal.

20 mil mortos em nosso "país-prédio" (até a estreia deste espetáculo) e uma queda que não se consuma.

Um homem que não consegue finalizar uma mala.

Uma menina que roteiriza a morte, para dar conta da vida.

Uma mulher que está sendo tragada pela sua Barriga.

Um homem que nina abandonos.

Uma mulher que espera um filho que não nasce, um amor que não volta, um pé de feijão que não cresce.

Um homem que observa a si mesmo sendo despedaçado, para caber numa mala; tentando voltar para uma história de amor que nunca existiu; nascendo com 33 anos, deixando rastros de si em choros de bebês; dirigindo a cena de sua morte.

Um homem que cai.


E nós - onde estamos em meio a isso tudo?



[ Cada episódio conta com o ponto de vista de 2 moradores desse prédio. As histórias todas se entrelaçam, mas são recortadas e aprofundadas, na imersão de dois universos por vez. ]


EPISÓDIO 1 - A Roteirista da sua vida e o Homem que mora no sofá

Uma menina que roteiriza a vida das pessoas entediadas de si mesmas, e as devolve num filme fantástico. Ela roteiriza a morte do pai, enquanto consuma a queda do corpo. Um homem que nunca conseguiu finalizar a mala de seu pai para mandá - lo embora de casa. Para guardar esse pai, ele construiu um universo dentro de um sofá, onde tenta vestir as peças de roupa que não conseguiu colocar na mala. Da mesma forma que o homem tenta vestir partes do corpo desse pai que se foi, a menina tenta vestir um luto que lhe aperta.


EPISÓDIO 2 -  A Mulher que pariu o pai e o Fazedor de Abandonos

Uma mulher que engravidou na adolescência e nunca pôde contar ao pai. Por isso, ela enfaixou sua barriga, e não deixou o bebê nascer. Ela guarda o bebê dentro de si como um relicário. O bebê, por não conseguir nascer, começa a falar, dentro da barriga de outra mulher. O bebê quer contar ao avô morto que ele está preso dentro da barriga. O bebê pede socorro a um avô fantasma. Um homem que sempre é abandonado por pessoas e para cada abandono, um bebê chorando aparece. Ele nina seus abandonos.


EPISÓDIO 3 - A Mulher que espera e Aquele que vê

Uma mulher que engravidou de palavras não ditas, sonhos não vividos, bebês não nascidos. Uma mulher que engravidou de nãos. Um homem que, para ser, precisa vestir a pele do outro. Ele transita, como um fantasma, através de todas as histórias, buscando a parte que lhe cabe de cada uma. Ele encarna os vazios.



HISTÓRICO


Temporada 1: O episódio 1 teve sua estreia no dia 16/08/20. Se apresentou nas plataformas do SESC São Paulo, SESC Bom Retiro e nas redes da Cia. Mungunzá, integrando a programação #PalcoPresente da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, totalizando 7 apresentações ao vivo. Episódios 2 e 3 fizeram 6 apresentações, ao vivo, pelo Zoom e transmitidas no youtube da Cia.Mungunzá. 


Temporada 2 (dez/2021): 10 apresentações dos três episódios gravados, transmitidas, ao vivo, no Youtube da Cia. Mungunzá. As duas temporadas abrangeram diretamente mais de 2.500 pessoas.



FICHA TÉCNICA


Argumento e Roteiro - Verônica Gentilin

Colaboração no roteiro - Cia. Mungunzá de Teatro, Luis Fernando Marques e Flavio Barollo

Direção - Luiz Fernando Marques

Elenco - Cia. Mungunzá de Teatro (Leo Akio, Lucas Bêda, Marcos Felipe, Pedro das Oliveiras, Sandra Modesto, Verônica Gentilin e Virginia Iglesias)   

Videoartista e Plataforma audiovisual  - Flávio Barollo e @casadazica

Encenação digital  - Cia. Mungunzá de Teatro, Flávio Barollo e Luis Fernando Marques

Fotografia de cena  - Bruno Rico

Trilha composta  - Gustavo Sarzi

Ilustração/colagem digital - Filipe Celestino

Design Gráfico  - Leo Akio

Produção geral  - Cia. Mungunzá de Teatro

 


CRÍTICAS


"O primeiro episódio da narrativa digital começa com um semelhante desprendimento. Além do elenco e da equipe, também estão na tela convidados em uma conferência via Zoom. É um prólogo que traz, organicamente, reflexões sobre a atualidade enquanto pactua com aqueles espectadores essa nova convenção proposta pelas apresentações online: uma obra de bases teatrais que entra na casa das pessoas; um pedacinho de vida que é compartilhado. Assim já se percebe um dos grandes saltos desta recriação: em POEMA EM QUEDA-LIVE, nos incluímos todos entre aqueles cuja vida se suspendeu nesta queda sem fim de um corpo que não se vê. Vizinhos, semelhantes em angústias e paralisias. No entanto, assim que A Roteirista da sua vida e o Homem que mora dentro do sofá efetivamente começa, emergem as pesquisas de linguagem concebidas dentro da proposta de uma encenação digital. Dentro dos trabalhos da Mungunzá, há sempre uma aproximação às artes visuais, considerando a plasticidade das cenas desenhadas em fricção com a narrativa, geralmente épica. POEMA EM QUEDA-LIVE de certo modo radicaliza essa interface já presente na trajetória do grupo ao propor, em seu primeiro episódio, o que talvez se possa chamar de uma estética do glitch. As interferências da plataforma ao vivo operada por Barollo – além da fotografia e produção audiovisual de Bruno Rico e Pedro Augusto – são simultaneamente ruído e elemento condutor da narrativa".
Amilton Azevedo (Ruína Acesa)



"Eu estava preparada pra um e, quando acabou, veio o segundo e depois o terceiro. E foi uma queda mesmo, livre, sem aquele cinto de segurança dos efeitos especiais.

É lindo! É potente! É atravessador!

Quando acabou o terceiro, eu estava em queda. Como, onde, com quem, onde começou? Onde começou? Quando foi?

'Seu' Esteves, eu moro no térreo, 'Seu' Esteves. Nas segundas-feiras chuvosas eu me comovo. Olho o céu, olho o cinza - que, às vezes, é das quartas - olho essa potência caindo do céu e fico besta, encantada com a queda.

Onde estava o que sempre esteve? 

Eu saio daqui, mesmo que seja o sofá da minha casa, arrebatada. Muita água. Muita força. Muita potência. E, no silêncio final, naqueles comentários dos fortes que conseguiram escrever ao final de tudo, o ar que é preciso para voltar às janelas, às quedas, e pedir, de novo, 'Seu'Esteves, faz chover numa segunda-feira cinza! Eu moro no térreo!"
Ana Elisa Matos (atriz)

Teatro de Contêiner
Mungunzá
Rua dos Gusmões, 43
Santa Ifigênia
São Paulo / SP
Brasil
(11) 9 9188 9035 _ Marcos
(11) 9 7632 7852 _ Lucas
(11) 9 9531 4434 _ Léo

ciamungunza@gmail.com
teatrodeconteinermungunza@gmail.com
Share by: